Quando uma pessoa sai do circuito turistão vai começar a ver pouca coisa impressionante. Assim, quando venho a um país menos explorado turisticamente não caio na asneira de comparar o que não é comparável. Quando pensei em vir à Roménia já ninguém estranhou. Talvez porque tenha aprendido com a Ucrânia que tanta gente condenou e mantive-me mais caladita, talvez porque já pouca coisa causa estranheza às pessoas à minha volta. E sinceramente não tinha grandes preconceitos. Talvez porque tenha lido posts de pessoas que visitaram antes, acabei por saber por antecedência que não iria encontrar ciganos a impingir coisas a cada esquina. E isso confirmou-se!
Perguntaram-me se vi muita pobreza. Sinceramente, sim e não! Sim, vi muitos, muitos, muitos prédios que precisam de ser pintados/renovados mas não, não vi assim tantos sem abrigo ou pessoas a pedir dinheiro. Talvez em Lisboa veja muito mais pobreza do que em Bucareste ou em Brasov.
Por fim achei os romenos um povo fascinante. Fechado nos sorrisos mas aberto a falar no que sofreram para sair das mãos do Chauchescu, na corrupção que sofrem ainda hoje, na sua capacidade em se mobilizarem e saírem agora a rua para protestar e a fé no futuro e na união europeia.